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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO
CENTRO DE LETRAS E ARTES
INSTITUTO VILLA-LOBOS
Ata da reunião extraordinária, número 220 do Departamento de Educação Musical, realizada às 17:30 horas do dia 20 de março de 2008 na sala dos professores do IVL, presidida pelo chefe do DEM, professor José Nunes Fernandes. Estiveram presentes os professores José Nunes, Silvia Sobreira, Luiz Otávio Braga, Elizabeth Travassos, Roberto Gnattali, Silvio Merhy, Haroldo Mauro Jr e Martha Ulhoa. Justificaram suas ausências a professora Mônica Duarte e o professor Paulo Pinheiro. A reunião teve inicio com a leitura da pauta pelo presidente. Em seguida foram tratados os seguintes assuntos: (1) aprovação dos afastamentos: a) Silvio Merhy e Martha Ulhoa para participação no VIII Congresso IIAPSM 2008, em Lima, Perú, de 15 a 23 de 2008; b) Luiz Otávio Braga para realização de concertos em Fortaleza, Ceará, no Centro Cultural Dragão do Mar, 30 de abril a 2 de maio de 2008. As aulas do Prof. Silvio, da Profa. Martha e do Prof. Luiz Otávio serão repostas em horários extraordinários no final do presente semestre letivo. Após breve comentário feito por cada solicitante, o Colegiado aprovou por unanimidade os afastamentos; (2) aprovação do Projeto de Pesquisa “A música popular gravada - modinhas e lundus”, de autoria da Profa. Martha Ulhôa. O projeto já tinha sido lido pelos professores do DEM, pois foi enviado pela internet para todos. O projeto de pesquisa foi votado e aprovado pelo Colegiado, tendo uma abstenção; (3) posicionamento do DEM em relação ao concurso de seleção de alunos da UNIRIO (vestibular), especificamente a prova de redação e o THE (Teste de Habilidade Específica). Sobre a prova de redação a profa. Elizabeth Travassos posicionou-se totalmente a favor da obrigatoriedade da mesma, mas ressaltou que a UNIRIO deve ser capaz de cumprir a legislação vigente sobre a matéria e ser capaz de responder aos pedidos de revisão, fornecendo parecer escrito explicitando os critérios usados na avaliação. A profa. Silvia Sobreira, concordando com a Profa. Beth, disse que os critérios de avaliação (correção, eliminação, classificação, etc) devem ser explicitados e oficializados, ou seja, definidos e publicados no manual do candidato. O Prof. Silvio lembrou que com a aprovação do REUNI a UNIRIO vai receber um número maior de alunos, aumento de vagas, e o vestibular da UNIRIO, ao contrário, está privando a entrada de candidatos aprovados no THE. Além disso, o Professor afirma que dois alunos da licenciatura, que, portanto, já foram aprovados uma vez na redação, foram reprovados neste ano. O Prof. Luiz Otávio acresecenta que os professores do DEM não participam da elaboração das provas, sendo poucos os que até mesmo se interessam, e que isso deve ser levado em conta. Algus posicionamentos foram acentuados e considerados como posição consensual de todos: (a) o nível da prova deve permanecer como o atual, de alto nível de exigência; (b) a prova de redação deve continuar sendo obrigatória; (c) o tema da redação não deverá ser específico de música; (4) o último assunto a ser tratado foi a discussão do Programa da disciplina Prática de Conjunto (PC), apresentado pela professora responsável Silvia Sobreira. O plano já tinha sido lido por todos, uma vez que foi enviado por e-mail para a lista de discussão do DEM. O prof. Haroldo argumenta que o plano apresentado, ou melhor, uma parte dele, não condiz com o Projeto Pedagógico (PP) do Curso de Bacharelado em MPB, lendo um trecho de tal Projeto Pedagógico e reafirmando que o programa apresentado para a disciplina não está coerente com o PP do Curso de MPB, no que diz respeito ao uso de certos tipos de música que não apresentam qualidade musical, influenciando na decadência da qualidade musical proposta, como o uso da música da mídia. A profa. Martha fala que não é uma questão de qualidade, mas de competência para a docência, ou seja, de que não temos como trabalhar com o que não dominamos; daí a sugestão de que sejam oferecidos conteúdos com os quais os alunos possam ter a oportunidade de superação do seu nível técnico e onde possam acumular experiência musical e cultural. O prof. Roberto aponta que na proposta de PC apresentada falta uma estrutura, uma “espinha dorsal”. Além disso, o professor mostra que nós não temos professores para trabalhar todos os tipos de música. Devemos estabelecer um mínimo a ser feito, que se refere a o quê os professores dominam e assim asseguramos ao aluno que eles saibam tocar pelo menos os tipos fundamentais da MPB. O prof. Luiz Otávio diz que o curso deve partir da competência dos professores e não os alunos. A profa Martha interfere e mostra que tal ponto implica em qualidade, se a competência é levada em conta garantimos a qualidade. O prof. Luiz Otávio continua sua fala e sugere que deveriam ser 4 (quatro) práticas de conjunto obrigatórias e 2 (duas) com ementas livres (temáticas), garantindo-se uma fiscalização rigorosa para que o aluno curse todas elas. O prof. Silvio diz que é importante diferenciarmos saber hegemônico e competência profissional, para que possamos pensar a questão do repertório. Além disso, o prof. Silvio alerta para que nam haja casos de disciplinas sem o acompanhanto semanal de um professor, o que parece que está acontrecendo no IVL. O prof. Roberto, com ênfase, afirma que no IVL nunca se levou a sério a disciplina PC. Segundo ele, a Escola não se posiciona sobre a PC, sendo uma “mentalidade da Escola”. “Isso é refletido nas várias disciplinas práticas”, ele completa. A disciplina PC, para Roberto, tem várias possibilidades de desenvolvimento (gêneros, por exemplo) e isso deve ser aproveitado. E considera que a definição da PC e o que ela se propõe é urgente. O chefe do DEM, prof. José Nunes, encerra a reunião às 19:20 horas e adianta que fará convocação para a conclusão da dicussão sobre a disciplina PC na semana que vem. Nada mais havendo a tratar foi encerrada a reunião da qual foi lavrada esta ata que vai assinada pelo seu presidente.
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